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Receptivo de Barra Grande é destaque no Pequenas Empresas

segunda-feira, 26 de setembro de 2011


A página deste domingo da Pequenas Empresas Grandes Negócios no G1 dá destaque ao povoado de Barra Grande com a Rota do Cavalo Marinho e o kite surf. Veja matéria!

Um projeto de turismo integra o Nordeste. O pacote oferece belas praias, esportes radicais e até surpresas como uma visita ao habitat do cavalo marinho. Empresas de três estados foram capacitadas para trabalhar com turismo. E o lucro já apareceu.

Sol e calor o ano inteiro. Um mar de água transparente. E muita hospitalidade dos nativos. A rota das emoções une Jericoaquara, no Ceará, o Delta do Parnaíba, no Piauí, e os Lençóis Maranhenses. Os estrangeiros ficam, em média, seis dias na região para conhecer tudo.


Bem no meio da rota fica Barra Grande, um povoado de pescadores do Piauí. Turistas do mundo inteiro vão ao local para praticar o esporte kitesurf. E eles escolhem a praia por três motivos: tem muito vento, o mar é calmo e as empresas turísticas oferecem toda estrutura. O Sebrae capacitou hotéis e guias para lidar com o público.

Uma das pousadas pertence ao empresário Ariosto Ibiapina. Os 18 chalés ficam na beira da praia. O empreendimento surgiu primeiro para receber os amigos. “A gente hospedava os amigos, e os amigos dos amigos que chegavam aqui aumentaram muito. Principalmente estrangeiros que vinham em busca dos nossos ventos, das nossas condições de mar, para praticar o kitesurf”, afirma Ariosto Ibiapina, empresário.

É no quintal da pousada que os turistas praticam o esporte. O kitesurf une uma pipa e uma prancha com suporte para os pés. O esportista prende a pipa na cintura, sobe na prancha e é levado pelo vento. O atleta radical até pula sobre o barco. Mas para quem não souber nada disso, não tem problema. Há 12 instrutores na praia.

A pousada pode receber 50 hóspedes ao mesmo tempo. Para manter a taxa de ocupação alta, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) promoveu rodadas de negócios entre o empresário e as agências de turismo.

"O empresário vai até as agências, ele vai vender o seu produto, ele vai divulgar a sua pousada, ele vai vender os seus pacotes. É essa aproximação, é essa abertura de mercado, isso aí o Sebrae também vem trabalhando bastante”, diz Élcio de Lima Nunes, do Sebrae em Parnaíba.
Idiomas diferentes

Não é fácil lidar com hóspedes de tantos idiomas diferentes ao mesmo tempo. Por isso o Sebrae ofereceu diversos cursos para os 18 funcionários. Recepcionistas e garçons aprenderam as principais palavras usadas por americanos, franceses, espanhóis e italianos. “No começo, a gente tinha resistência porque as pessoas falavam que já tinham feito e não iam fazer. Eu dizia ‘faça, que você vai ficar melhor’”, diz o empresário.

O sucesso da pousada é reflexo do bom momento vivido pelas 800 empresas que fazem parte da rota das emoções. Em 2010, elas faturaram quase R$ 37 milhões, 20% a mais que no ano anterior. “Estando num lugar desses, você quer experimentar de tudo”, diz o turista Édson Oliveira.

A próxima parada é num manguezal. Alguns visitantes desembarcam para conhecer de pertinho os caranguejos. Mas a atração principal fica para o fim. O objetivo da viagem é conhecer o cavalo marinho. E os turistas não se decepcionam. “É a primeira vez que eu vejo o cavalo marinho. Eu acho que vale a pena conferir”, diz Michele de Carvalho Monte, turista.

O cavalo marinho é retirado do rio em aquários. Só os condutores podem tocar no animal. E depois da fotografia, ele deve voltar para a água rapidamente. “Ele pode ficar no máximo um minuto fora da água. Mais do que isso a gente não deixa, porque ele pode ficar debilitado. O cavalo marinho é um peixe muito frágil”, afirma Evandro Silva, condutor de turista.

Os condutores de Barra Grande apresentaram o passeio do cavalo marinho em rodadas comerciais. Nesses encontros, fecharam acordos com quatro agências. Na alta temporada, elas enviam 1.500 turistas por mês. Por isso, é preciso cuidar muito bem do animal que sustenta tantas famílias.

Antes do projeto do Sebrae, Evandro Silva e Davílson Soares não tinham muitas opções profissionais. A rota das emoções deu a eles uma carreira. E uma renda que chega a R$ 600 nos meses mais movimentados. “O Sebrae foi uma peça fundamental, abriu as portas para a gente em cursos de capacitação. Como lidar com o turismo, como abordar o cliente”, diz Evandro Silva.

“Isso é o que realmente o turista vai encontrar na Rota das Emoções. É a qualidade dos serviços, é um roteiro atraente, um roteiro de esporte, de aventura, um roteiro de praia e sol, onde ele vai sair com a sensação de que ele esteve em um roteiro único no Brasil, único no mundo”, diz Élcio de Lima Nunes.

Fonte e foto: Proparnaíba
Edição: CLICK LAN HOUSE

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