A Cooperativa dos Produtores de Cajuína do Piauí (Cajuespi) está em busca de um selo de padrão superior de qualidade para a bebida a base de caju produzida, em grande parte dos casos, artesanalmente, no Piauí.
A qualidade dos vinhos franceses é atestada, dentre outros fatores, por selos de Identificação Geográfica (IG). Esses selos representam um padrão superior de qualidade do produto. O processo para o selo de qualidade da cajuína encontra-se em fase de finalização no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).
A estimativa dos produtores e dos técnicos do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Piauí (Sebrae-PI) que acompanham o processo é de que o selo seja autorizado até outubro. O presidente da Cajuespi, Lenildo Lima, explica que se chegou a um padrão de cor, sabor, textura, aroma a partir de estudos desenvolvidos por técnicos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Meio Norte em parceria com a Universidade Federal do Piauí (Ufpi), que chegaram a uma espécie própria do chamado caju precoce. Com a Identificação Geográfica, a cajuína do Piauí passará a contar com maior valor agregado, podendo disputar espaço no mercado internacional.
No Brasil, são exemplos de produtos que possuem IG: vinhos espumantes do Vale dos Vinhedos (RS), café do cerrado Mineiro, carne do Pampa Gaúcho, cachaça de Parati (RJ), queijo Minas produzido na Serra da Canastra. Mesmo ainda sem o selo, a cajuína do Piauí arrebata fãs.
A administradora Ivani Gonçalves, 43 anos, é uma apaixonada por cajuína. Sua família chegou a produzir a bebida de forma artesanal na cidade de Barras para consumo próprio e para venda. "Minha mãe também passou a produzir cajuína em Teresina, mas esporadicamente - a gente produzia mesmo era cachaça. Sempre gostei de cajuína; é saborosa, natural, sem adição de açúcar, tem vitamina C. São inúmeros os atrativos", aponta.
Mesmo com a produção familiar encerrada, Ivani Gonçalves não deixa de apreciar o sabor da cajuína. "Sempre peço e tenho facilidade de encontrar. O que eu lamento é que às vezes não se encontra a cajuína produzida aqui no Piauí", relata a administradora, acrescentando que sempre busca produtos de qualidade. "A melhor é aquela bem clarinha. Quando ela está mais escura é porque cozinhou demais", fala com propriedade.
Outra queixa de Ivani Gonçalves é não encontrar o produto com a mesma facilidade quando viaja. "Tem muito no Piauí e no Ceará. Mas fora, só encontro em um ou outro restaurante especializado em culinária Nordestina", comenta.
O Bar do Churu é um dos principais redutos boêmios da zona Norte de Teresina. O dono do bar diz que, apesar de a saída maior ser de cerveja, os frequentadores consomem em média quatro caixas de cajuína por mês. Há seis meses Churu deixou de comprar cajuína de revendedores piauienses para aproveitar os melhores preços do produto vindo do Ceará.
"A produção do Piauí teve dificuldade ano passado. E o revendedor de quem eu comprava, ficou sem produto. Busquei outros fornecedores daqui, mas o preço inviabilizou o negócio. Eu vendo a três reais, o preço que eles me cobraram, estou comprando do Ceará por 2,50 reais", relata o comerciante, que está no ramo há 11 anos - até 2011 sempre comercializando, além de bebidas alcoólicas e refrigerantes, a cajuína piauiense.
"Mas quando começar a nova safra, acho que o preço volta ao de antes e eu vou voltar a trabalhar com eles", acrescenta. Segundo Churu, apenas um cliente percebeu a mudança e queixou-se do fato de a cajuína comercializada no local ser produzida no Ceará. "Acho que ninguém nem sentiu diferença de sabor", comentou.
Segundo os produtores, a safra de caju apresentou deficiências no ano de 2010, que levaram a uma menor produção de caju e, conseqüentemente, de cajuína, reduzindo os estoques e elevando os preços do produto. O motivo da queda da produtividade seria a ocorrência de chuvas durante o período de floração do cajual- que derrubou boa parte da florada.
A qualidade dos vinhos franceses é atestada, dentre outros fatores, por selos de Identificação Geográfica (IG). Esses selos representam um padrão superior de qualidade do produto. O processo para o selo de qualidade da cajuína encontra-se em fase de finalização no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).
A estimativa dos produtores e dos técnicos do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Piauí (Sebrae-PI) que acompanham o processo é de que o selo seja autorizado até outubro. O presidente da Cajuespi, Lenildo Lima, explica que se chegou a um padrão de cor, sabor, textura, aroma a partir de estudos desenvolvidos por técnicos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Meio Norte em parceria com a Universidade Federal do Piauí (Ufpi), que chegaram a uma espécie própria do chamado caju precoce. Com a Identificação Geográfica, a cajuína do Piauí passará a contar com maior valor agregado, podendo disputar espaço no mercado internacional.
No Brasil, são exemplos de produtos que possuem IG: vinhos espumantes do Vale dos Vinhedos (RS), café do cerrado Mineiro, carne do Pampa Gaúcho, cachaça de Parati (RJ), queijo Minas produzido na Serra da Canastra. Mesmo ainda sem o selo, a cajuína do Piauí arrebata fãs.
A administradora Ivani Gonçalves, 43 anos, é uma apaixonada por cajuína. Sua família chegou a produzir a bebida de forma artesanal na cidade de Barras para consumo próprio e para venda. "Minha mãe também passou a produzir cajuína em Teresina, mas esporadicamente - a gente produzia mesmo era cachaça. Sempre gostei de cajuína; é saborosa, natural, sem adição de açúcar, tem vitamina C. São inúmeros os atrativos", aponta.
Mesmo com a produção familiar encerrada, Ivani Gonçalves não deixa de apreciar o sabor da cajuína. "Sempre peço e tenho facilidade de encontrar. O que eu lamento é que às vezes não se encontra a cajuína produzida aqui no Piauí", relata a administradora, acrescentando que sempre busca produtos de qualidade. "A melhor é aquela bem clarinha. Quando ela está mais escura é porque cozinhou demais", fala com propriedade.
Outra queixa de Ivani Gonçalves é não encontrar o produto com a mesma facilidade quando viaja. "Tem muito no Piauí e no Ceará. Mas fora, só encontro em um ou outro restaurante especializado em culinária Nordestina", comenta.
O Bar do Churu é um dos principais redutos boêmios da zona Norte de Teresina. O dono do bar diz que, apesar de a saída maior ser de cerveja, os frequentadores consomem em média quatro caixas de cajuína por mês. Há seis meses Churu deixou de comprar cajuína de revendedores piauienses para aproveitar os melhores preços do produto vindo do Ceará.
"A produção do Piauí teve dificuldade ano passado. E o revendedor de quem eu comprava, ficou sem produto. Busquei outros fornecedores daqui, mas o preço inviabilizou o negócio. Eu vendo a três reais, o preço que eles me cobraram, estou comprando do Ceará por 2,50 reais", relata o comerciante, que está no ramo há 11 anos - até 2011 sempre comercializando, além de bebidas alcoólicas e refrigerantes, a cajuína piauiense.
"Mas quando começar a nova safra, acho que o preço volta ao de antes e eu vou voltar a trabalhar com eles", acrescenta. Segundo Churu, apenas um cliente percebeu a mudança e queixou-se do fato de a cajuína comercializada no local ser produzida no Ceará. "Acho que ninguém nem sentiu diferença de sabor", comentou.
Segundo os produtores, a safra de caju apresentou deficiências no ano de 2010, que levaram a uma menor produção de caju e, conseqüentemente, de cajuína, reduzindo os estoques e elevando os preços do produto. O motivo da queda da produtividade seria a ocorrência de chuvas durante o período de floração do cajual- que derrubou boa parte da florada.
Fonte e foto: Proparnaíba
Edição: CLICK LAN HOUSE
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